quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

relatorio de quimica

No fim do século XIX, as substâncias utilizadas no tratamento de doenças, na fabricação de produtos de limpeza e perfumes, só podiam ser encontradas em seus estados naturais. O desenvolvimento da Química Orgânica possibilitou a determinação das estruturas dos compostos presentes nesses produtos. Esta evolução é devido a pesquisas e produção de inúmeras substâncias por reações feitas em laboratório. Os químicos reconhecem o composto e tentam produzi-lo por meio de reações orgânicas. É economicamente viável, pois é mais barato e mais fácil sintetizar uma substância do que extraí-la de uma fonte natural. Exemplo: a vitamina C pode ser obtida de fontes naturais ou pode ser produzida em laboratório, e sua composição é a mesma em ambos os casos. As reações orgânicas podem ser classificadas de diversas maneiras, a mais comum é a que diferencia reações de adição, substituição e eliminação. Reações de adição: correspondem às reações que tem uma configuração característica de hidrocarbonetos insaturados, como os alcenos, alcinos e dienos. Na reação por adição, há a junção de duas ou mais moléculas provocando a origem de unicamente um produto. Veja o exemplo:
Reações de substituição: um átomo ou grupo de átomos é substituído por um radical do outro reagente, ou seja, ocorre na molécula a troca de um ligante. Reações de eliminação: os átomos na molécula do reagente orgânico diminuem, daí o nome da reação: eliminação. Nesse tipo de reação, ocorre a saída de ligantes de uma molécula sem que aconteça a substituição desses ligantes por outros.











A história da evolução da química
Introdução à História da Química
Se compararmos os milhões de anos que sabemos existir vida humana na Terra com a curiosidade de saber do que é constituída a matéria, chegaremos à conclusão de que esta preocupação é muito recente. Provavelmente os primeiros a se preocuparem em especular sobre a constituição da matéria foram os gregos, há pouco mais de 2.400 anos.
O homem pré-histórico, por tentativas e erros, descobriu como lascar a pedra como construir armas e algo muito importante na história da matéria - o fogo - através do atrito entre pedaços de madeira.
Na história da química, foram também importantes, as descobertas de alguns metais, milhares de anos antes de Cristo. O ouro, que deve ter sido encontrado na forma de pepitas, o cobre, talvez livre ou chamando a atenção por sua cor quando alguma fogueira foi produzida em local onde havia o seu minério. De qualquer forma, aproximadamente 3000 a.C. o ser humano conhecia o chumbo, o cobre, o bronze (obtido da fusão do estanho com o cobre). O ferro, talvez conhecido através da queda de meteoritos, já era utilizado pelo hititas, 1500 a.C.
Enfim, as civilizações antigas desenvolveram a metalurgia e obtiveram o vinho, a cerveja, o vidro e uma série de outros materiais, sem se preocupar por que tais fenômenos ocorriam. Apesar disso, a contribuição das civilizações anteriores à Era Cristã não pode ser desprezada, pois foram conquistas importantes para desenvolvimento da ciência moderna.
A Teoria dos Quatro Elementos
A curiosidade dos filósofos gregos sobre a natureza levou-os a refletir e debater a respeito da constituição da matéria. Tales, ao perceber que a água poderia existir na forma líquida, sólida e gasosa, propôs, quase 600 anos a.C., que todo o universo era formado por água. Posteriormente, outro grego sugeriu ser o ar a base de tudo que existia sobre a Terra. No século V a.C. Heráclito supôs ser o fogo a base de tudo que existia.
Unindo estas três idéias e acrescentando a terra, Empédocles formulou a Teoria dos Quatro Elementos, segundo a qual ar, água, fogo e terra poderiam unir-se graças ao amor e desunir graças a força do ódio.
Dentre todas as concepções gregas sobre a matéria, a mais lembrada, já que foi retomada 24 séculos mais tarde, é a de Leucipo, defendida também pelo filósofo Demócrito. Segundo eles, a matéria seria formada por diminutas partículas, que não poderiam sofrer qualquer tipo de divisão, os átomos.
Pouco depois, Aristóteles, filósofo que teve grande liderança, criticou a filosofia atomista e complementou a Teoria dos Quatro Elementos. Segundo ele, qualquer um desses elementos poderiam ser transformados em outro, já que os quatro eram constituídos de algo em comum. Aristóteles defendeu muitas idéias que provavelmente atrasaram o desenvolvimento da Química e da Física em especial.
Apesar dos filósofos gregos terem sido os primeiros a se preocuparem com a composição da matéria, não se pode dizer que eles fizeram um trabalho científico, uma vez que ele era totalmente desvinculado da parte experimental.
Os Alquimistas e a Alquimia
No "atraso" representado pelas idéias de Aristóteles inspirou-se a Alquimia. Já que havia uma matéria comum aos quatro elementos e que bastava mudá-la, começaram eles buscar a pedra filosofal, capaz de transformar qualquer metal em ouro, e o elixir da vida, que teria como propriedade a capacidade de tornar-nos imortais.
Os Alquimistas, desde o início da Era Cristã até o século XVII, com sua busca incansável para obter a pedra filosofal e o elixir da vida, um misto de ciência com muito misticismo, foram muito importantes para a química moderna. Foram eles que legaram à ciência moderna a descoberta de muitas substâncias, além de instrumentos de laboratório e algumas técnicas das quais se velaram cientistas do século XVII.
Eles deixaram receitas sobre obtenção de pólvora, de alguns ácidos, bases e sais, do álcool através da destilação do vinho. Supõe-se que os elementos arsênio, antimônio, bismuto, fósforo e zinco também foram obtidos por eles. Talvez os principais legados dos alquimistas sejam a técnica e a aparelhagem utilizadas. Eles desenvolveram destilações, cristalizações, aparelhos para refinar metais e obter ligas (metalurgia), enfim, foram os autores das práticas de laboratório.
A Química Moderna
Robert Boyle é considerado por muitos o iniciador da Química Moderna, em meados do século XVII. No período da química moderna, Boyle conseguiu obter o fósforo branco a partir da urina (o fósforo já tinha sido obtido por um alquimista que descrevera seu brilho e sua capacidade de inflamar). Foi a partir de uma série de experimentos que Boyle conseguiu repetir o feito do alquimista e reconhecer o fósforo como elemento.
Em decorrência da postura e dos procedimentos utilizados nas ciências, busca-se um aperfeiçoamento constante. A química, como qualquer ciência moderna, procura explicações através da construção de modelos para justificar fatos experimentais. Hoje, muitos cientistas consideram Lavoisier, que viveu no século XVIII, o grande iniciador da química experimental.









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